Todavia, as centrais não deviam se preocupar tanto com a disputa interna por entidades que já são filiadas a uma ou outra, pois há um universo amplo e pouco explorado de sindicatos independentes, ou seja, que não são filiados a nenhuma central. Ao todo são 4500 entidades, segundo o presidente da CTB, Wagner Gomes, que citou estatísticas do Ministério do Trabalho.
Organização
O presidente da CTB alertou para a necessidade de procurar os independentes durante o debate sobre organização e estruturação da Central, realizado na reunião da direção nacional nesta terça-feira (8-7) em São Paulo.
Ao abordar o tema, o secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, João Batista Lemos, afirmou que o desafio é trabalhar três objetivos: “organizar a Central, expandir sua influência e garantir uma intervenção política justa e firme nas lutas em curso no país”.
“A expansão passa pelas eleições nos sindicatos, para as quais devemos nos preparar melhor, tanto do ponto de vista humano quanto material e financeiro, criando inclusive um fundo para as disputas”, ponderou, acrescentando que ao mesmo tempo é indispensável realizar campanhas de sindicalização e intensificar os contatos com os sindicalistas independentes.
Em relação à organização “o foco deve ser na estruturação da CTB nos Estados, com direções fortes do ponto de vista orgânico e político. É preciso organizar os setores e ramos de atividade, além de estruturar as secretarias”, afirmou. Em relação à intervenção política “neste ano temos as eleições municipais e as campanhas pela redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, convenções 158 e 151 da OIT e a reforma agrária. São bandeiras políticas da classe trabalhadora que demandam uma grande unidade e mobilização das bases”.