Luta pela soberania do Porto Rico continuará, afirma deputado

“Temos que definir o país que queremos no futuro, sem FBI (Bureau Federal de Investigações) nem restrições que nós não consentimos”, disse Hernández, presidente da Comissão de Status do PPD.

Reconheceu que a palavra soberania soa perigosa para uma parte da população porto-riquenha, pelo que se faz necessário uma campanha de educação neste sentido, quando o PPD deixou de falar de união permanente com os Estados Unidos.

O deputado disse que seu partido terá que pôr em branco e preto sua visão de soberania, sem se preocupar pelos que propaguem o medo a uma mudança nas relações com Washington nem pelos resultados das eleições gerais em novembro próximo.

O membro do PPD que quisera união permanente com os Estados Unidos, que vá ao partido anexionista, disse em óbvia referência ao Partido Novo Progressista (PNP), principal de oposição.

Hernández atribuiu ao colonialismo os problemas que pressionam o Porto Rico, como a lacerada economia, a perda de empregos, o tráfico de drogas e a entrada ilegal de armas, já que o governo estadunidense controla tudo.

O parlamentar, que participou ontem à noite num coincidido colóquio organizado pelo Movimento Independentista Nacional Hostosiano (MINH), disse que desde 2005 até 2007 lhe correspondeu reclamar nas Nações Unidas o direito desta ilha caribenha à sua soberania.

Neste ano, apontou, compareceu o governante Aníbal Acevedo Vilá, o que quebrou com a tradição do PPD de defender inflexivelmente o atual Estado Livre Sócio (ELA), criado em 1952 pelos Estados Unidos para tirar o Porto Rico da lista de países coloniais das Nações Unidas.

Destacou que o PPD já não fala como um partido político, senão como um movimento de alianças, um movimento de povo, que persegue o exercício da soberania pelos porto-riquenhos, submetidos por 110 anos ao domínio colonial de Washington.

O jovem dirigente do PPD reconheceu que para reter o governo desta nação caribenha de 3,8 milhões de habitantes, Acevedo Vilá precisa estabelecer alianças com setores e organizações independentistas, como o MINH.

Pese às acusações contra sua pessoa levantadas em Washington, o executivo boricua permanece como o candidato a governador pelo PPD para as eleições gerais do próximo novembro, quando se medirá contra o anexionista Luis Fortuño, o independentista Edwin Irizarry Mora e o centrista Rogelio Figueroa.

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