Ontem, esses trabalhadores chegaram à capital colombiana após saírem, em marcha, da cidade de Cali, em 10 de junho, para denunciar o extermínio oficial de que são vítimas os sindicalistas das principais organizações trabalhistas afiliadas à Central Única de Trabalhadores da Colômbia (CUT).
Foram 423 quilômetros transcorridos a pé, por Palmira, Buga, Bugalagrande, Armenia, Ibagué, Girardot, Fusagasuga, cidades em foram feitas mobilizações, até chegar a Bogotá, onde foram recebidos, com solidariedade, por trabalhadores da informalidade, trabalhadores de algumas empresas, trabalhadores da construção civil – em obras públicas -, passantes, motoristas e passageiros.
Só este ano, até maio, 26 trabalhadores sindicalizados foram mortos na Colômbia. O crime? Oporem-se ao regime regime político do país. Também por essa razão, outros 225 sofreram atentados e 193 desaparições forçadas. Além de ter aumentado as demissões massivas, por perseguição sindical.
De acordo com o Partido Comunista Colombiano (Pacocol), isso integra um plano das autoridades políticas colombianas de extermínio e aniquilamento das organizações dos trabalhadores. A marcha dos sindicalistas foi recebida calorosamente pelos cidadãos que repudiam a barbárie anti-sindical, além de exigirem a paz e a realização de um acordo humanitário na Colômbia, também bandeiras da marcha.
Ao chegar a Bogotá, a marcha parou em frente à Controladoria Distrital, para exigir a aparição, com vida, do sindicalista Guillermo Rivera Fúquene, desaparecido desde 22 de abril de 2008. Até o dia de hoje, não se tem informação sobre o paradeiro dele.(Adital )