Pesquisa mostra que 163 Trans foram mortas em 2018

Essa terça (29) é marcada pelo Dia da Nacional da Visibilidade Trans, mas os dados de violência contra as Trans assustam e ofuscaram as comemorações.

Relatório da Trangender Europe (TGEU) mostra que o Brasil segue na liderança do ranking dos assassinatos de pessoas trans no Mundo.

A instituição, que monitora os casos de assassinatos desse tipo em todo o mundo, alerta que o número de ocorrências desse tipo pode ser ainda maior, porque existe grande índice de subnotificação. 

Brasil

 

Outro levantamento, o Dossiê dos Assassinatos e da Violência contra Travestis e Transexuais no Brasil em 2018, único do Brasil com esse nível de detalhamento, foi realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (ANTRA) em parceria com o Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE) e aponta não só o número de assassinatos que aconteceram contra a população Trans em 2018, mas também traz dados sobre tentativas de assassinatos, violações de direitos humanos e outras mortes não solucionadas.

“O que a gente percebe nesse relatório é que o Brasil continua sendo um país violentíssimo. O País está sem norte, na minha concepção, dado o rumo que o governo federal tem dedicado às nossas populações. Não temos uma política efetiva”, conclui a presidenta da Antra, Keila Simpson.

 

Avanço da violência

A presidente da Antra afirma que não houve diminuição da violência. “Nos perguntávamos sobre uma aparente queda nos números sobre casos de assassinatos, e chegamos à conclusão do motivo: um aumento de 30% na subnotificação dos casos pela mídia. Isso faz parecer que houve uma queda nos assassinatos, quando na verdade o que existe é um aumento na invisibilidade destas mortes. Esse tipo de violência está naturalizada”, explica. 

Portal CTB – Com informações do Portal Universa

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