Mulheres trabalhadoras disputam eleição para mudar a política e o país voltar a crescer

“Para mudar o perfil extremamente conservador do Congresso Nacional, a CTB participa ativamente da campanha eleitoral para aumentar a representação da classe trabalhadora”, afirma Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.

Principalmente, diz a sindicalista mineira, “precisamos aumentar a representação feminina. É uma vergonha sermos maioria da população e termos cerca de 10% de mulheres no Parlamento”.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram inscritas 27.485 candidaturas no importante pleito de 2018. Sendo apenas 8.435 mulheres, ou 30,7%. Menos do que na eleição presidencial de 2014, que foram 31,1% de candidatas mulheres.

Já Fernanda Cruz, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SE, “precisamos de mais mulheres na política porque somos mais da metade de eleitorado e somos menos em todas as esferas de poder”.

Por isso, “devemos votar em mulheres comprometidas com a democracia e com a igualdade de gênero. Mulheres que façam valer o nosso voto e que nos representem verdadeiramente no poder, lutando pela melhoria de todo o país”.

O número de eleitoras equivale ao número de mulheres na população brasileira, sendo pouco mais de 52%, como informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O TSE afirma que o gênero feminino corresponde a 52,5% do eleitorado, 77.337.918 eleitoras. O TSE diz ainda que existem 147.302.354 pessoas aptas a votar nos 5.570 municípios brasileiros e em 110 países.

Nesta eleição, o TSE determinou que pelo menos a cota de 30% do Fundo Partidário, sejam destinados às candidaturas femininas, assim como o espaço da propaganda eleitoral gratuita (leia mais aqui). 

“A luta da CTB é para ampliar a participação feminina no Congresso, nas assembleias legislativas e nos executivos para combatermos com mais eficiência o machismo, a discriminação e a violência”, acentua Aires Nascimento, secretária adjunta da Mulher Trabalhadora da CTB.

Já Celina defende a necessidade de “mais mulheres na política para mudar inclusive a maneira de fazer política e com a força das mulheres levar o Brasil de volta ao caminho do desenvolvimento econômico com combate á pobreza e respeito aos direitos da classe trabalhadora e das ditas minorias”.

Juventude batalha por espaço

Segundo o TSE, a maioria do eleitorado está entre 45 e 59 anos, 24,26% e em seguida vêm as pessoas entre 24 e 34 anos, 21,15%.  Já os eleitores entre 18 e 24 anos correspondem a 13,37% do total e de 35 a 44 anos atingem 20,55%. Já os adolescentes, de 16 e 17 anos, que têm o voto facultativo correspondem a 0,95% do eleitorado.

Luiza Bezerra, secretária da Juventude Trabalhadora da CTB, defende uma maior participação de jovens no processo eleitoral e na política de uma maneira geral. Principalmente, “as mulheres jovens, que são as mais atingidas pela crise, já que são as primeiras a serem demitidas e as que mais demoram para encontrar emprego, mesmo com maior qualificação”.

Por isso, afirma, “precisamos nos unir para influenciar nas decisões que determinem os rumos do país”. Principalmente, “em especial as jovens mulheres, concatenadas com um projeto de desenvolvimento inclusivo, para dar voz àquelas que mais sofrem na pele os ataques do governo ilegítimo e construir a mudança da política e do país”.

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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