“A redução da maioridade penal não resolve o problema da criminalidade”, declarou o secretário de Juventude da CTB, Vitor Espinoza, que acompanhou junto aos diversos movimentos sociais a votação do substitutivo da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 171), realizada na madrugada desta quarta-feira (1º) em Brasília, que rejeitou a redução da maioridade penal.
A proposta conservadora de reduzir a maioridade para 16 anos em caso de crimes graves foi derrotada – foram 303 votos a favor, quando o mínimo necessário eram 308, 184 votos contrários e 3 abstenções.
O dirigente comemorou o resultado como uma vitória para a juventude trabalhadora brasileira e lembrou que em países que adotaram a medida, como a Alemanha, a violência não diminuiu e eles tiveram de voltar atrás na decisão.
Na opinião do cetebista, se aprovada a proposta, os mais atingidos seriam os jovens negros, pobres e de periferia. “Esses jovens precisam de acesso à educação, à cultura, ao emprego decente e não de cadeia”, expressou Espinoza.
Sob a frase “A juventude quer voar com mais escolas e menos cadeias”, dentro e fora do congresso a juventude se mobilizou e pressionou os deputados federais a votar contra a PEC 171.
Espinoza participou da passeata contra a redução, que começou às 9h, saindo do Museu Nacional Honestino Guimarães em marcha até o Congresso Nacional. “A juventude trabalhadora é contra a redução, pois a redução não resolve problema algum, e sim aumenta ainda mais o descaso com a juventude do país, queremos mais educação, formação profissional”, afirma o Secretário.
Com muita garra e luta UNE, UBES, ANPG, CTB e UJS lotaram os corredores do congresso lutando contra a (PEC 171) e no início da madrugada a grande vitória dos defensores da juventude com a rejeição do projeto de encarceramento da juventude pobre no Brasil.
A Câmara dos Deputados pode agora votar o texto original, que reduz a idade penal para todos os crimes, que deverá ser apreciada na próxima semana. Enquanto isso, a juventude comemora a vitória com festa no gramado da Esplanada dos Ministérios, com direito à mergulho no espelho d’água.
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