Encontro de coletivo da Igualdade Racial em São Paulo vai para a rua contra golpe

Com a presença da secretária de Promoção da Igualdade Racial da CTB, Mônica Custódio e de dezenas de dirigentes sindicais e do movimento social, o segundo vice-presidente da CTB-SP, Renê Vicente dos Santos, abriu nesta quinta-feira (6), o 2º Encontro Estadual de Igualdade Racial da central no estado. “A conjuntura enfrentada hoje é fruto dos mais de 500 anos de domínio de uma elite perversa, que sempre trabalhou contra os interesses da classe trabalhadora e dos pobres”, argumenta Renê. Mônica acredita ser fundamental que “o movimento sindical esocial tomem ás ruas par defender o projeto de desenvolvimento soberano instaurado com o ex-presidente Lula em 2003”.

“A mídia e seus aliados não veem nada de mais em se encontrar 400 quilos de cocaína num helicóptero de amigo de um candidato a presidente, porque ele é rico e branco, mas o menino pobre e negro pego com algumas gramas de maconha já tachado e preso”, ataca o sindicalista. “Já nessa abordagem policial se vê o racismo presente em nossa sociedade, forjado para justificar os quase 4 séculos de escravidão no país”, complementa.

Já Mônica reforça a necessidade de os movimentos sociais estarem mais presentes nas ruas das cidades. “Os movimentos sociais estão entendendo que não caminham só e que o ódio contra Lula e Dilma é um ódio de classe, é por tudo o que eles fizeram para incluir a população mais discriminada”, apregoa a dirigente sindical e militante do movimento negro. “Não se concebe mais movimento sindical no Brasil sem abraçar as questões da luta pela igualdade racial e de gênero”, acentua.

O encontro teve um rico debate acerca principalmente da conjuntura e de como levar informação para os trabalhadores e trabalhadoras com objetivo de pôr fim às mentiras difundidas pela velha mídia diariamente. “Devemos realizar encontros como esse com participação de líderes comunitários, além de sindicalistas, para reforçarmos a defesa de mais igualdade para todos”, realça Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP.

“A direita está paralisando o Brasil para impor seus projetos de retrocesso porque não engolem ter mais negros e pobres nas universidades”, sintetiza Mônica. Por isso, reforça ela, “precisamos levar informação para as pessoas desinformadas por esta mídia, porta-voz de interesses contrários aos nossos e com isso levar mais pessoas para as ruas no dia 20”. Renê, que também é presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), reforça a proposta de divulgar com mais amplitude o ato do dia 20 para “avançarmos na democracia e unirmos todas as forças progressistas e assim enfrentarmos a direita golpista”.

Mônica reforça o pedido para que todos se inscrevam no 2º Encontro Nacional de Igualdade Racial da CTB, que acontecerá em Belo Horizonte, nos dias 28 e 29. Somente o estado de São Paulo tem direito de enviar 20 delegados ao encontro.

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Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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