Petrobras a serviço do povo

A Paralisação dos caminhoneiros passa de 1 semana e afeta a todas as regiões do país. Sem legitimidade, o presidente Temer e o presidente da Petrobras, Pedro Parente e seus aliados não conseguem um diálogo efetivo com o movimento que bloqueou inúmeras estradas e deixou clara a vulnerabilidade do abastecimento do país. O transporte público entrou em colapso, os alimentos sumiram das prateleiras dos supermercados, hospitais desmarcaram cirurgias e a política do governo provoca um novo apagão na sociedade brasileira e acendem o alerta: precisamos reagir.

Precisamos reagir a um governo que colocou nossa maior empresa a serviço do mercado e das empresas estrangeiras. Precisamos reagir a um país com uma infraestrutura baseada no modal rodoviário, voltando a investir nas Ferrovias e desfazendo o criminoso desmonte do nosso sistema ferroviário. Precisamos resistir aos interesses que não são da nação brasileira e que enredam esse governo ilegítimo que segue tentando vender nossas riquezas e nossas empresas a preço de banana.

A política implementada na Petrobrás após o golpe de 2016 privilegia a exportação do óleo cru e a importação de derivados, o que faz que nosso país acabe convivendo com um preço elevadíssimo de seus produtos. Essa política que aumentou a gasolina e diesel nas bombas ; levou mais de um milhão de famílias a largar o fogão à gás para cozinhar na lenha e no carvão, colocando os trabalhadores e as trabalhadoras em uma situação que parecia superada antes de se romper com a ordem democrática da nação.

Enquanto permanecem as incertezas sobre o desfecho dessa manifestação nacional, a insensibilidade de patrões e governos fica ainda mais evidenciada. No comércio e em serviços similares, os patrões mantém as portas abertas e obrigam os trabalhadores a penúria de se locomover em cidades com transportes reduzidos, superlotados e sem a garantia de que circularão até o fim do expediente.

O governo de Pezão foi mais além, manteve, mesmo com menos da metade da frota de transporte público nas ruas, a normalidade das aulas na rede estadual de educação, sujeitando servidores, mães e crianças às condições desumanas aqui já citadas. No modelo de privilégio do capital sobre o trabalho, as pessoas são colocadas em segundo plano ante o lucro e nós, do sindicalismo classista, repudiamos totalmente esse tipo de lógica.

A CTB Rio de Janeiro apoia as justas reivindicações do movimento dos trabalhadores caminhoneiros. Não compactuamos com ecos que chamam por regimes autoritários e intervenções militares, mas consideramos que bandeiras como as que envolvem a questão do frete e da redução do preço do combustível como sendo bandeiras justas. Defendemos não apenas a redução do Diesel, mas do preço de todos os combustíveis e um modelo de gestão da Petrobras que faça a empresa cumprir com a missão para a qual foi criada: impulsionar o desenvolvimento da nação e servir ao povo brasileiro.

O modelo nefasto praticado por Temer e Parente, desde antes da paralisação dos caminhoneiros já promovia uma carestia sem precedentes nos supermercados. As medidas econômicas e sociais do governo golpista reduziram os salários e aumentaram consideravelmente o desemprego e a precarização nas relações de trabalho. O povo brasileiro precisa resistir e derrotar esse governo, nas ruas e nas urnas!

A CTB compartilha da necessidade de uma Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora e trabalha incansavelmente pela unidade das centrais, no sentido da construção dessa plataforma, que aponte para a retomada do emprego e do desenvolvimento, para combater os juros abusivos praticados pelos bancos e para garantir a realização de eleições em nosso país.

Garantindo a realização das eleições, as centrais sindicais e os movimentos sociais não podem se furtar à tarefa de eleger candidaturas progressistas e que levem ao executivo e ao legislativo a pauta dos trabalhadores. Uma pauta que passa por enterrar de vez a Reforma da Previdência, Revogar a Reforma Trabalhista e desfazer o malfadado teto de gastos que já tem impactos severos em saúde e educação.

Somente com a unidade da classe trabalhadora iremos conquistar as vitórias que mudarão a vida dos brasileiros e das brasileiras. Essa é a grande tarefa do movimento sindical e essa é a busca incessante da CTB Rio de Janeiro e toda sua militância.

Fora Temer! Fora Parente!
Em defesa da democracia, do emprego, do desenvolvimento e da Soberania Nacional!

Paulo Sérgio Farias é presidente da CTB Rio de Janiero

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