A filosofia, Einstein e Leonardo da Vinci

Por João Martins*

Neste mês de maio recordamos os 500 anos da morte do grandioso gênio Leonardo da Vinci e os 100 anos do eclipse de Sobral, no Ceará. Lá, em 29 de maio de 1919, através de resultados científicos experimentados quando da observação do fenômeno, tanto no estado brasileiro quanto na Ilha do Príncipe, na África Ocidental, comprovou-se a validade da teoria da relatividade geral, de Albert Einstein, evidenciando que corpos com massas deformam o espaço, causando a “curvatura espaço-tempo”, o que causa a modificação da trajetória da luz, “a curvatura da luz”.

Em 1925, ao visitar o Rio de Janeiro, Einstein afirmou: “O problema concebido pelo meu cérebro incumbiu-se de resolvê-lo o luminoso céu do Brasil”. Este extraordinário gênio, que se orgulhava ao ser chamado de professor, socialista, enfatizava que o físico só chega à formulação de sua teoria por via especulativa. Significa afirmar que qualquer teoria física faz mais suposições, físicas e filosóficas “do que os fatos experimentais, por si mesmos, fornecem ou implicam”.

O prêmio Nobel de física de 1932, que concebeu o “Princípio da Incerteza”, Werner Heisenberg, em conferência sobre as relações entre a física atômica e problemas filosóficos gerais, afirmava categoricamente que a física não é de todo independente da filosofia. Este ramo do conhecimento, a filosofia, busca a verdade, primeiramente relativa, depois a absoluta, e é lastimável constatar que existem vários imbecis e ignorantes que estão a desconsiderá-la.

Já Leonardo da Vinci, mais conhecido pelas pinturas geniais como “A Última Ceia”, “ O Homem Vitruviano”, “São João Batista”, “Monalisa” e tantas outras, foi cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico. O bilionário Bil Gates adquiriu por 30 milhões de dólares o livro denominado de Código de Leicester, com 72 páginas, onde “da Vinci” discorre sobre astronomia, metereologia, hidráulica, geologia e paleontologia. O biógrafo Walter Isaacson, que escreveu também sobre a vida de Steve Jobs e Einstein, em seu livro sobre a biografia de Leonardo da Vinci, afirma que ele era ateu e, ao ser perguntado se “da Vinci” era homossexual, respondeu: “Ele era gay, sem dúvida. Teve ao menos dois companheiros do sexo masculino ao longo da vida, e nunca se envergonhou disso. Seus retratos do namorado Salai, aliás, são lindos”.

*João Martins é bancário e foi deputado estadual constituinte pelo PCdoB/ES (1986/1990)

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