Venezuela repudia ameaças de Trump e pede às nações que defendam a paz e estabilidade na AL

O Governo da República Bolivariana da Venezuela expressou através de um comunicado seu repúdio enérgico às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou na sexta-feira (12) intervenir militarmente no país sul-americano.

As palavras do mandatário estadunidense constituem “uma temerária ameaça com a finalidade de arrastar a América Latina e o Caribe a um conflito que alteraria permanentemente a estabilidade, a paz, e a segurança de nossa região”, diz o comunicado lido pela chanceler da República, Jorge Arreza.

No texto, o governo venezuelano exorta as nações do mundo a condenar “este perigoso atentado contra a paz e a estabilidade do continente americano. Chegou o momento para que as organizações internacionais e foros multilaterais da região e do mundo reafirmem a vigência das normas do Direito Internacional e ponham freio à mais agressiva ação do império estadunidense contra o povo venezuelano”.

As declarações belicistas da América do Norte, refere o texto, representam uma ameaça contra a paz, a estabilidade, a independência, a unidade territorial, a soberania e ao direito à autodeterminação dos povos.

Ademais, constituem uma ação violadora dos propósitos e princípios consagrados na Carta das Nações Unidas e das normas do Direito Internacional, “particularmente no que respeita à ameaça do uso da força contra a independência política dos Estados”.

Mercosul

Por seu turno, o Mercosul emitiu um comunicado que, embora sem mencionar diretamente os Estados Unidos e seu presidente, afirma que “os países do Mercosul consideram que os únicos instrumentos aceitáveis para a promoção da democracia são o diálogo e a diplomacia”. A nota afirma ainda que é “inevitável o repúdio à violência e a qualquer opção que implique o uso da força” e que esse repúdio à violência “constitui a base fundamental da convivência democrática, tanto no plano interno como nas relações internacionais”.
Novo Vietnã

O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, declarou em nota: “A ameaça de uso da força tem que ser repudiada com veemência. Além de violar princípios básicos do Direito Internacional, ameaça trazer uma guerra civil (um novo Vietnã) para a América do Sul e a nossa fronteira. Embora não tenha dúvida sobre quem será vitorioso e quem será derrotado, uma guerra civil trará sofrimentos indizíveis diante da agressão e da tragédia”.

Com Resistência e Agência Venezuelana de Notícias

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