Papa Francisco destaca papel dos sindicatos diante da crise do capitalismo

O Papa Francisco voltou a criticar o modelo de capitalismo exploratório e especulador em voga no mundo todo. Para sua santidade, é necessário estabelecer uma nova ordem mundial em que os interesses da sociedade se coloquem à frente do interesse do capital. O Papa elogiou a atuação das entidades sindicais como uma forma de construir o novo pacto social.

Para o Papa, diante da crise do capitalismo, é essencial destacar o papel dos sindicatos. “Não há uma boa sociedade sem um bom sindicato e não há um sindicato bom que não esteja dentro das periferias com objetivo de transformar o modelo econômico”, avaliou o santo padre, em mensagem proferida um dia antes da “Missa de São Pedro e São Paulo”. O texto foi endereçado aos delegados da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores (CISL), na última quarta-feira (28). 

Embora o Papa tenha destacado a importância das entidades sindicais, Francisco também observou que muitas entidades perdem seu foco de atuação. “Em nossas sociedades capitalistas avançadas há entidades sindicais perdendo desta natureza profética, e tornam-se demasiado semelhantes às instituições e poderes que deveriam criticar. A união com o tempo passou a se assemelhar a política demais, ou melhor, a partidos políticos, a sua língua, seu estilo. Mas, se você perder esta dimensão típica e diferente, também a ação em negócios perdeu o poder e a sua eficácia”, alertou.

Francisco voltou a falar de um novo pacto social e criticou a ganância dos empresários e do mercado. “É uma empresa insensata e míope que obriga o idoso a trabalhar muito tempo e requer toda uma geração de jovens a trabalhar quando deveriam fazê-lo para eles e para todos”, disse o Pontífice, que lembrou que “nem sempre nem toda a gente tem direito a se aposentar porque eles têm jornadas em desigualdades no tempo de trabalho se torna perene”.

Com informações de Manolo Ramires no Brasil de Fato 

 

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