No Irã, CTB denuncia reforma trabalhista e reforça unidade da classe trabalhadora mundial

Mais de 45 delegados e delegadas internacionais, dos cinco continentes, participaram da reunião anual do Conselho Presidencial da Federação Sindical Mundial (FSM) que terminou nesta terça-feira (27) na capital iraniana Teerã.

Durante o encontro, que ocorre desde a última segunda (26), os sindicalistas fizeram um balanço do ano passado e aprovaram um plano de ação para a FSM, em 2018. Representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) o vice-presidente, Divanilton Pereira, denunciou a restauração das políticas neoliberais no Brasil após o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, em 2016.

“O governo golpista continua com sua agenda antinacional e anti-trabalho”, alertou o cetebista, em sua intervenção (leia aqui a íntegra) no plenário, ao se referir à reforma trabalhista aprovada recentemente. Pereira, que também é secretário-geral adjunto da FSM, fez uma análise do cenário mundial.

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Segundo ele, o movimento sindical internacional enfrenta condições adversas, pois além dos aspectos geopolíticos e econômicos, as inovações tecnológicas, com destaque para a indústria 4.0, prejudicam as organizações sindicais.

“São desafios que requerem um sindicalismo classista, com uma concepção que não apenas adapte-se à ordem excludente vigente, pelo contrário, mesmo reconhecendo o quadro real, esse sindicalismo deve acumular forças e recompor, política e organicamente, as mulheres e homens que vivem do trabalho”, sublinhou.

Por sua vez, o secretário-geral da FSM, George Mavrikos, se solidarizou com os trabalhadores e trabalhadoras do Irã, Cuba e Venezuela que “resistem às políticas invasivas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump”, frisou.

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Na avaliação de Divanilton, a reunião foi positiva, pois reforçou a necessidade da unidade da classe trabalhadora internacional para defender direitos e resistir à ofensiva conservadora mundial. Ele destacou ainda o papel da Federação Sindical Mundial que “contribui para elevar a consciência dos trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo, criando assim, as condições para a sua verdadeira emancipação”, concluiu.

Érika Ceconi – Portal CTB 

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