Movimentos populares promovem ato de solidariedade a Lula na Venezuela

Fania Rodrigues, Brasil de Fato

Integrantes de movimentos populares, junto a outros cidadãos venezuelanos, se reuniram no centro da capital Caracas para manifestar sua solidariedade ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O ato dessa terça-feira (9) foi realizado na praça Diogo Ibarra, localizada entre dois emblemáticos edifícios estatais, o Centro Nacional Eleitoral e o Palácio de Justiça. A ação se insere na Jornada Internacional Lula Livre, realizada entre os dias 7 e 10 de abril, no marco de um ano de prisão política do ex-mandatário.

“Nós precisamos de Lula aqui fora. Para nós, Lula é alguém que amamos e é uma referência de liderança. Aqui na Venezuela, estamos em uma batalha, mas não vamos deixar Lula sozinho”, destaca a dirigente do Movimento de Moradias, Iraida Morocoima. A dirigente destaca ainda o caráter político da prisão do ex-presidente brasileiro. “Lula representa os povos que lutam. Eles, do império [dos EUA], sabiam que [com isso] Lula não poderia mais falar com o povo, porque Lula é símbolo de luta e liberdade”.

Atos em mais de 200 cidades

Durante a jornada, que termina nesta quarta-feira (10), mais de 200 cidades do Brasil e do mundo realizaram atividades em apoio ao ex-presidente, segundo os organizadores dos Comitês Lula Livre.

Presente na manifestação da praça Diego Ibarra, a dona de casa venezuelana Isís de Boscan afirma que essa “é uma prisão injusta”. “Estão acusando o Lula de coisas que ele nunca fez para que ele não possa mais se eleger como presidente do Brasil. Nós, da Venezuela, o apoiamos, pois aqui estamos vivendo algo parecido. Estão armando uma quantidade de coisas contra o nosso presidente, Nicolás Maduro, como um golpe econômico e um golpe elétrico”, compara.

Uma das organizadoras da manifestação é Ana Maldonado, integrante da organização Frente Francisco de Miranda, que explica o objetivo desse ato: “Estamos aqui para protestar contra a prisão injusta de Lula. Queremos dizer ao mundo que a Venezuela expressa sua solidariedade com esse companheiro que acreditou na integração regional e na necessidade de organizar a classe trabalhadora e os movimentos sociais para defender um modelo de sociedade diferente. Lula defendeu o exercício da democracia direta, para que os povos tenham mais voz”.

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