Chico Buarque veta a Claudio Botelho a utilização de suas obras

Neste domingo (20) acabou a temporada da peça “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos”. O compositor e escritor carioca tirou a autorização da utilização de suas obras em trabalhos de Claudio Botelho, ator e codiretor da peça, que iniciou temporada em 2014.

Tudo porque Botelho acrescentou texto à encenação sugerindo a prisão de Lula e Dilma de “ladra”. A reação da plateia foi imediata e espontânea. Aos gritos de “não vai ter golpe” e “Chico”, a apresentação foi encerrada no Sesc Palladium, em Belo Horizonte. E com a decisão de Chico para sempre.

Vídeo do entrevero:

 

O assessor de imprensa de Chico Buarque, Marcio Canivello, disse ao Estado de Minas que ele não dará nenhuma declaração, “mas pode registrar que ele reagiu primeiro com espanto e, depois, com grande desagrado ao saber da postura do ator.

Na internet, vários fãs de Chico Buarque mostram sua indignação com Claudio Botelho. A hashtag #vetachico tomou conta das redes sociais.

Em áudio gravado em seu camarim e “vazado” na internet, o ator destila mais ódio ao PT e à esquerda. E passa a ser acusado também de racismo ao dizer que “eles são neofascistas, neonazistas, são petistas, são o que há de pior no Brasil. O ator quando entra em cena é um rei, não pode ser peitado por um negro filho da puta que sai da plateia”.

Ouça o áudio pelo link https://soundcloud.com/midia-ninja/claudio-botelho

O ator tentou se explicar ao jornal “Folha de S.Paulo” afirmando que usou a palavra negro querendo falar nêgo, que na gíria significa alguém. No áudio a atriz Soraya Ravenle, também na peça diz não concordar com ele e que ele não é sozinho na peça e ele responde que é o dono.

Todos os musicais

O musical estreou em 2014 para as comemorações dos 70 anos de Chico Buarque, sendo composta por trechos e histórias da obra de Chico no cinema e no teatro, sobretudo da década de 1970, dentre eles “Roda viva” (1967), “Ópera do malandro” (1978), “Calabar” (1973), “Quando o Carnaval chegar” (1972) e “Para viver um grande amor” (1983).

O chilique reacionário de Botelho deu-lhe de presente o encerramento do musical.

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB com agências

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