A importância do sambista Candeia é contada em musical, em cartaz no Teatro Oficina

O sambista carioca Antônio Candeia Filho (1935-1978), o popular Candeia, recebe uma merecida homenagem com a peça “É samba na veia, é Candeia”, em cartaz no histórico Teatro Oficina, em São Paulo.

Com texto de Eduardo Rieche e direção de Leonardo Karasek, o musical tem sessões extras para este feriado prolongado. Observe no final do texto a programação. Em forma de roda de samba, a Companhia Alvorada em parceria com o Terreiro de Mauá conta a trajetória do compositor singular da MPB.

Com financiamento coletivo através de contribuições pelo site Catarse para “ajudar o elenco de 30 pessoas a tirar um trocado. Até porque o processo começou em fevereiro de 2017 e até agora ninguém ganhou nada – a não ser experiência e elogios”, dizem com bom humor os protagonistas dessa história.

O mar serenou (Candeia)

A peça fica em cartaz no Oficina até a quinta-feira (9). Informe-se mais pela página do Facebook do musical. Ainda há ingressos para a sessão extra da quinta-feira (2), às 17h e para as últimas apresentações na quarta (8) e quinta (9).

“Teremos a honra de apresentar a peça num espaço que é um dos maiores símbolos do teatro brasileiro. Foi escolhido um dos dez teatros mais bonitos do mundo. Esse é o Teatro Oficina, senhoras e senhores”, afirmam os artistas.

Conheça Candeia

Um dos compositores da escola de samba Portela, Candeia foi imortalizado na voz de grandes intérpretes como Clara Nunes, Maria Bethania, Beth Carvalho, Elizeth Cardoso, Marisa Monte, Paulinho da Viola, entre outras importantes vozes da MPB.

Preciso me encontrar (Candeia e Cartola) 

Nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1935 e faleceu em 16 de novembro de 1978. Gravou seu primeiro disco somente em 1970. Mas seu talento ficou registrado na história da música popular brasileira com canções antológicas como “O mar serenou”, “Preciso me encontrar” e muitas mais.

O Teatro Oficina tem história

O Teatro Oficina foi fundado em 1958 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo por Amir Haddad, José Celso Martinez Correa (Zé Celso) e Carlos Queiroz Telles. Tornou-se um dos principais polos de resistência cultural à ditadura fascista (1964-1985).

Para se ver o tamanho da importância do Oficina, foi em seu palco que o Tropicalismo lançou o seu manifesto. Teve um incêndio em 1966, dois anos após o golpe de Estado, mas resiste até hoje e tem a direção de Zé Celso há muitos anos.

O teatro corre um sério risco com a intenção do grupo Silvio Santos de construir um conjunto residencial em seu entorno, prejudicando a visibilidade e tirando a importância do teatro. Por isso, ocorrem protestos como o #FicaOficina e o #VetaasTorres.

Serviço:

O que: É samba na veia, é Candeia
Quando: Quinta-feira (2), às 17h e 21h
               Quarta-feira (8) e Quinta (9), às 21h
Quanto: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia)
Onde: Teatro Oficina (Rua Jaceguai, 520 – Bela Vista – São Paulo)

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy

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