Denunciam no Parlamento Europeu participação dos EUA na Lava Jato

Brasília, 19 jun (Prensa Latina) O Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil denunciou no Parlamento Europeu a participação dos Estados Unidos na operação Lava Jato, esquema que contradiz a Constituição, informa hoje a organização política em sua página oficial.

De acordo com o site, o líder do PT na Câmara de Deputados, Paulo Pimenta, fez a entrega do relatório detalhado com a denúncia na sede da instituição legislativa em Bruxelas.

Argumentam no documento que a Lava Jato é contrária à Carta Magna, pois essa ‘ação foi realizada de maneira informal e sob completo desconhecimento do Ministério de Justiça, a quem corresponde monitorar a cooperação judicial entre o Brasil e outros países’.

No texto, que foi traduzido ao inglês, se denuncia também a prática de lawfare – o uso de instrumentos jurídicos com objetivos políticos e partidários – contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.

Pimenta entregou o material durante uma reunião com parlamentares do Partido da Esquerda Européia e do bloco da Esquerda Unitária Européia/Esquerda Verde Nórdica.

Durante sua estadia em Bruxelas, o deputado brasileiro debaterá com colegas europeus sobre os desafios da esquerda perante o avanço da extrema direita em vários países, incluindo a importância da unidade entre as forças progressistas no cenário atual.

Também na agenda está incluída uma visita de Pimenta à Universidade Livre de Bruxelas, onde se debaterá a situação brasileira e os diversos retrocessos que vêm sendo implementados no Brasil pelo Governo de Jair Bolsonaro.

Além disso, se abordará o escândalo das conversas ilegais publicadas pelo portal digital The Intercept que mostram a cooperação entre o ex-juíz Sérgio Moro e os promotores da Lava Jato, cuja força de trabalho no Ministério Público Federal está coordenada por Deltan Dallagnol.

O líder petista pretende conversar com integrantes do Comitê Lula Livre em Bruxelas, que, a exemplo de outros espalhados pelo mundo, tem o objetivo de amplificar as denúncias sobre a prisão política e arbitrária do ex-mandatário, preso desde 7 de abril de 2018 por supostos atos de corrupção.

 

Com informações de prensalatina.com.br

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