Protesto reúne agentes civis, penitenciários e professores em Rondônia

Sindicalistas de três grandes entidades de classe do estado de Rondônia, Sintero (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), Singeperon e Sinsepol, se reuniram em um grande protesto realizado na manhã da quinta-feira (23) para protestarem por melhorias salariais e unificarem as três paralisações que acontecem simultaneamente desde o inicio do mês de maio.

Os manifestantes tomaram a praça Getúlio Vargas, localizada em frente ao Palácio do Governo do Estado  de Rondônia. Durante toda a manhã apenas alguns policiais da Casa Militar realizavam a segurança em frente ao palácio.

Três carros de som, cornetas, apitos e fogos de artifícios, juntavam-se aos gritos de protestos e discursos inflamados dos sindicalistas que afirmam estarem indignados pelo fato do Governo não ter cumprido acordos firmados com os servidores.

De acordo com o presidente do Singeperon (Sindicato dos Agentes Penitenciários, sócio educadores Técnicos penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários), Anderson Pereira, os Agentes Penitenciários do estado de Rondônia estão trabalhando de forma desumana dentro dos presídios do estado.

Ele afirma que acordos firmados em Bogotá, Colômbia, com a Corte Interamericana dos Direitos Humanos, não são cumpridas pelo governo.

“Estamos unificando essas paralisações para mostrar a situação que encontra-se hoje os servidores do estado de Rondônia”, disse Anderson Pereira.

Para o presidente do Sinsepol (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Rondônia), Jales Moreira, as condições de trabalho dos agentes de polícia em Rondônia também está em condições desumanas. Delegacias sem as mínimas condições de trabalho, além da falta de efetivo ilustram o cenário de penúria da categoria.

Com a greve considerada ilegal pela justiça, o Sinsepol aguarda uma liminar que deve ser expedida até às 12h00 desta quarta-feira (23).

“Caso a nossa greve seja considerada legal iremos paralisar as atividades até conserguimos nossas reivindicações, se precisar durar dois anos, nós ficaremos parados por dois anos”, disse Jales Moreira.

Os professores, que estão paralisados no estão paralisados nas escolas do município de Porto Velho, também exigem melhorias de condições salariais. Atualmente um professor pós-graduado no município ganha em torno de R$ 1,5 mil reais. Um funcionário da educação municipal recebe em média um salário mínimo.

No geral as três categorias reivindicam o cumprimento de acordos feitos para a implantação do PCCS (Plano de Cargos Carreira e Salários). Porém, o Governador Confúcio Moura já anunciou que não existe dinheiro nos cofres do estado para o cumprimento desses acordos.

Logo em seguida os manifestantes partiram para uma caminhada no pelo Centro de Porto Velho.

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