Sinpro Campinas e Região participa de manifesto em defesa do povo palestino

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em São Paulo (CTB-SP), está participando de diversas ações e manifestações em solidariedade ao povo palestino. Nesta terça-feira (5), representando o Sinpro Campinas e Região, a professora Maria Clotilde Lemos Petta, diretora do Departamento de Cultura do Sindicato, participou do ato de assinatura do manifesto em defesa do povo palestino “Cessa-Fogo Já!”, organizado pelo Comitê Campinas de Solidariedade ao Povo Palestino.

“É fundamental que os verdadeiros democratas se posicionem em situações como esta. O Estado de Israel vem promovendo o genocídio do povo palestino, em resposta desproporcional ao atentado sofrido em outubro. Já são 30 mil mortes até o momento, sendo a maioria de mulheres e crianças”, disse a diretora.

O ato aconteceu na sede do Sindiquinze e contou com a participação de representantes de partidos políticos, movimentos sociais e entidades classistas.

Confira abaixo o texto do manifesto na íntegra.

MANIFESTO EM DEFESA DO POVO PALESTINO

Ignorando o Regulamento de Haia e o Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, e qualquer princípio ético ou religioso, Israel agiu, visando o extermínio dos palestinos, ao longo de 76 anos de ocupação, com evidências mais do que explícitas durante a desastrosa gestão de Netanyahu. A ocupação e o massacre completarão 8 décadas. Não temos registro, na história recente, de violência atroz tão prolongada.

O sionismo marcou a história da humanidade com o sequestro de uma nação para a criação de um novo estado. O massacre histórico é denunciado há anos por pensadores judeus, que denunciam o fascismo sionista, ressaltando práticas semelhantes ao nazismo.

A suposta guerra contra o Hamas tem sido usada como argumento e base de um intenso trabalho da mídia para fixar no imaginário das pessoas que a resistência é um grupo terrorista. Os ataques não poupam nem médicos, enfermeiros, socorristas, jornalistas, escolas, hospitais, mesquitas e igrejas. Na verdade, o que ocorre na Palestina é um genocídio.

É inconcebível que as declarações do presidente Lula, ou de qualquer outra pessoa neste planeta, possam causar indignação maior do que as atrocidades cometidas contra a população civil palestina. Crianças, mulheres e idosos, cujo único crime foi terem nascido ali.

Na madrugada de quinta-feira 29/02/2024, tropas israelenses dispararam uma chuva de tiros contra uma multidão de palestinos famintos que esperavam por caminhões de ajuda na cidade de Gaza, matando mais de cem pessoas e ferindo mais de mil outras. Este crime de guerra foi chamado de “Massacre da Farinha”. Tanques atropelaram mortos e feridos. Muitas vítimas foram levadas aos hospitais em carrinhos puxados por burros, já que ambulâncias não conseguiram chegar ao local. A maioria eram crianças.

Desde quando vidas de crianças dependem de veto ou de escolha política? Desde quando temos a liberdade de decidir quem vive e quem morre?

Assinamos este manifesto, clamando ao Governo Federal, para que seja exercida pressão sobre a Organização das Nações Unidas para o cessar-fogo imediato, a entrada de ajuda humanitária urgente, a aplicação do sistema de sanções da ONU contra Israel e a solução pacífica definitiva, conforme as resoluções da ONU, respeitando o princípio da autodeterminação dos povos, estabelecido no Direito Internacional a fim de assegurar a independência, a liberdade, a segurança e o direito de organização própria aos palestinos, e reconhecendo o direito à existência do Estado Livre e Democrático da Palestina.

 Comitê Campinas de Solidariedade ao Povo Palestino (05/03/2024)

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